Soneto para si mesmo A forma rígida encanta e amedronta. Contar as sílabas, medir os versos... Se tenho um tema, logo me disperso atrás da rima, que jamais se encontra. Por que o fascínio em torno desta forma que é tão contrária a toda liberdade? Temor? Medo de ser livre? Há de ser amor ou desejo pela norma? Será que a jaula aguça o pensamento? Será o limite que enaltece o sonho? Será o cuidado que gera a beleza? A resposta, eu digo com tristeza: De todos os limites que me imponho, sinto alegria apenas com o soneto.Antonella
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