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Filosofia Antiga e Medieval

Durante a VII reunião anual da ANPOF realizada em Águas de Lindóia(SP) entre 19 e 24 de outubro de 1996, consolidou-se na comunidade filosófica a disposição de priorizar as áreas de Filosofia Antiga e Filosofia Medieval para fins de sua integração nos programas de ação induzida para doutorado pleno no exterior.

Dando cumprimento à resolução então estabelecida, a Diretoria da ANPOF, contando com a colaboração do CNPq, envidou esforços para elaborar projeto nesse sentido, para o que contou com a colaboração de especialistas em filosofia antiga e medieval, representando diversas unidades de ensino e pesquisa, reunidos no Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo nos dias 09 e 10 de dezembro de 1996.

Secundada pela comissão de especiaistas em filosofia medieval, a Diretoria da ANPOF encaminhou à Diretoria Científica e Tecnológica do CNPq projeto específico para a integração de doutorandos em filosofia medieval, bolsistas dessa agência, no programa de demanda estimulada para doutorado pleno no exterior. Tal projeto foi devidamente examinado pelas instâncias competentes do CNPq e em reunião ocorrida em 08/07 p.p. entre a Diretoria de Ciência e Tecnologia do CNPq, a Presidência da ANPOF e especialistas naquele programa e, ao invés disso, a área passaria a contar com o apoio do CNPq para um elenco de medidas básicas visando o incentivo e o fomento dos trabalhos de pesquisa e docência em filosofia medieval.

Por sua vez, a comissão de especialistas em filosofia antiga ponderou que, tendo em vista o pequeno número de especialistas nessa área em nosso país, justificava-se a concessão de uma quota de bolsas de doutorado pleno no exterior, sem que, no entanto, se devesse recorrer à demanda induzida nas atuais circunstâncias. Segundo a mesma comissão, seria forçoso reconhecer que, em filosofia antiga, tal instrumento acarretaria restrições prejudiciais ao desenvolvimento futuro da área.

Como alternativa à demanda estimulada, a comissão argumenta pela priorização do desenvolvimento da pesquisa no país, fortalecendo acervos bibliográficos, incentivando traduções e publicações, a promoção de eventos acadêmicos e o intercâmbio de docentes e estudantes entre instituições nacionais e internacionais.

Desse modo, a Diretoria da ANPOF comunica aos colegas coordenadores os resultados do trabalho realizado, solicitando que sejam levados à discussão no âmbito dos respectivos programas de pós-graduação.

Área de Filosofia Medieval - Reunião de Trabalho de 08.07.1997

Considerando as atuais condições em que se realiza o trabalho de docência e pesquisa na área de filosofia medieval no Brasil, julga-se mais adequado, atualmente, sugerir a intensificação de um elenco básico de medidas, preferivelmente à inclusão da área no programa de demanda estimulada para a realização de doutorado pleno no exterior. Tais medidas, em sua maioria, fazem parte das linhas de incentivo já apoiadas pelo CNPq. Apresentamos, na seqüência, uma lista não exaustiva de sugestões:

  1. Apoio preferencial a projetos integrados de pesquisa na área de filosofia medieval
  2. Estímulo a um maior intercâmbio discente e docente entre os diversas unidades de ensino e pesquisa no que diz respeito à área em questão, incluindo graduação e pós-graduação.
  3. Dar apoio a um programa, específico da área, de levantamento de material bibliográfico existente no país com possibilidade de incluir-se análogo levantamento em Buenos Aires.
  4. Fornecer subsídios para a aquisição de bibliografia especializada literatura primária e secundária ; dar apoio à adoção de um projeto de biblioteca mínima de textos em português, a ser implementada em todas as instituições de ensino superior que mantém cursos de filosofia.
  5. Levar adiante o programa já existente de racionalização da aquisição de periódicos; apoiar a assinatura de periódicos internacionais; criar um plano de complementação das coleções existentes.
  6. Estimular a publicação, tanto em livros como em revistas, dos resultados da pesquisa realizada na área, com vistas, especificamente, à organização de uma revista nacional de filosofia patrística e medieval.
  7. Em circunstâncias a serem examinadas caso por caso, considerar a possibilidade de que mestres possam orientar trabalhos de iniciação científica e aperfeiçoamento na área de filosofia medieval.
  8. Dar prioridade, na área em questão, para o apoio a programas de iniciação científica.
  9. Dar apoio ao programa de reunião, organização e divulgação de dados a respeito do trabalho de docência e pesquisa nacional na área de filosofia medieval, incluído-o em projeto da ANPOF referente à área de filosofia.
  10. Manter, nas condições atuais de funcionamento, o programa de demanda espontânea para a formação de doutores.
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